image

image
Trabalhar em horário flexível torna profissionais menos estressados e mais satisfeitos quando estes recebem apoio dos chefes para garantir o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Os resultados são de um estudo de Phyllis Moen, da Universidade de Minnesota, e Erin L. Kelly, da Sloan School of Management, do MIT. Com a ajuda de outros pesquisadores da Work, Family, and Health Network, uma rede que inclui acadêmicos de diversas universidades, elas passaram um ano estudando os efeitos de políticas de flexibilidade em mais de 800 funcionários do departamento de tecnologia da informação de uma grande empresa americana.
A pesquisa dividiu os membros da área em um grupo que participou de um projeto piloto, no qual os empregados foram instruídos a trabalhar com foco na entrega de resultados e com mais autonomia da própria rotina profissional, e outro que continuou usando as políticas tradicionais da empresa.
O estudo, publicado na última edição da “American Sociological Review”, analisou os efeitos de práticas como montar o próprio horário, trabalhar de casa, repensar o número de reuniões ao longo do dia, usar a comunicação virtual com mais frequência e tentar se preparar para períodos de mais demanda no trabalho. Paralelo a isso, os gestores dos profissionais que fizeram parte do projeto piloto receberam treinamento para encorajar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos subordinados.
Os funcionários que puderam fazer uso dessas novas políticas disseram que passaram a ter mais controle sobre a própria rotina e a receber mais apoio dos chefes, e reportaram ter mais tempo para passar com a família do que os outros. Além disso, eles apresentaram maior satisfação com o trabalho e níveis menores de estresse, assim como menos indíce de burnout.
Para Phyllis, da Universidade de Minnesota, a pesquisa comprova que não é possível avançar a discussão sobre equilíbrio entre a vida profissional e pessoal se a responsabilidade ficar apenas com profssionais. “Estratégias individuais não são suficientes para resolver o problema. Nosso estudo esclarece que iniciativas da empresa, como programas que oferecem mais flexibilidade e apoio dos supervisores a essas políticas, são necessárias”, diz a pesquisadora.
Por Letícia Arcoverde | Valor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *